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segunda-feira, 26 de março de 2018

Dom Obá II -Nossa Homenagem


“Axé, mãe áfrica berço da nação iorubá de onde herdei o sangue azul da realeza sou guerreiro de oyó filho de orixás vim da corte do sertão pra defender a nossa pátria mãe gentil sou “dom obá”, o príncipe do povo, rei da ralé nos meus delírios, um mundo novo eu tenho fé No rio de lá luxo e riqueza No rio de cá lixo e pobreza Frequentei o palácio imperial Critiquei a elite no jornal Desejei liberdade Quinhentos anos, Brasil e a raça negra não viu o clarão da igualdade fazer o negro respirar felicidade. Sonho ou realidade? uma dádiva do céu (do céu, do céu) vi no Morro da Mangueira sambar de porta-bandeira a Princesa Isabel” Os versos acima fazem parte do samba da Estação Primeira de Mangueira para o carnaval de 2.000, que tinha como enredo “Dom Obá II D´África – rei dos esfarrapados, príncipe do povo” e foi composto por:Marcelo D´Aguiã, Bizuca, Gilson Bernini e Valter Veneno. Um samba lindo, uma melodia maravilhosa, um dos sambas de enredo que mais gosto e que toda vez que estou na quadra da Mangueira e este samba toca, entro em delírio. No ano dois mil ficou determinado que as escolas de samba levariam para a avenida enredos relativos aos quinhentos anos que os portugueses chegaram ao Brasil. E a escola do tricolor Cartola escolheu homenagear Cândido da Fonseca Galvão, que ficou conhecido como Dom Obá II, o príncipe do povo, durante a regência de D. Pedro II. Puta escolha. 3. Cândido da Fonseca Galvão, ou Dom Obá II D´África nasceu em Lençóis no ano de 1845. Foi neto de um soberano do reino de Oyo, (território faz parte da Nigéria, hoje) onde houve uma guerra civil e toda a família real foi escravizada e seu pai fugiu para o Brasil. Durante a Guerra do Paraguai, já com vinte anos, se alistou e foi ferido em combate. O imperador, então, lhe concedeu honra de oficia do exército brasileiro. Fixou-se no Rio de Janeiro e tornou-se uma figura lendária e era reverenciado como se fosse um príncipe pelos negros do Rio de Janeiro. Trajava fraque, cartola e luvas. Se o Fluminense já existisse naquela época diria que torcia para o clube, tamanha elegância. O que mais chamava atenção além da elegância era a cultura e a inteligência que demonstrava nas audiências públicas que D. Pedro II concedia na Quinta da Boa Vista. Nos debates, defendia o povo negro, bradava contra o escravagismo, combatia os maus tratos no exército, o uso da chibata, a evolução das espécies e defendia a lavoura de exportação. Muita vezes ganhava o imperador para seus projetos. Tornou-se amigo de D. Pedro II que o recebia para audiências particulares. Por isso tudo é considerado pioneiro do movimento negro no Brasil. 4.

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